Biguaçu acordou?
Cidade figura entre as que mais apresentaram projetos ao PAC e mostra que ainda há vida inteligente na gestão pública
Por Luiz Lunardelli
Publicado em 07/04/2025 07:15
Novidades
Até hoje, os recursos mais expressivos conseguidos junto ao Governo Federal foram para as obras da Macrodrenagem, em 2010 no Governo do Prefeito Castelo

 

 

 

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Por Luiz Lunardelli

Milagre ou mudança de ares? Depois de longos anos em que a Prefeitura de Biguaçu parecia viver num fuso horário próprio — provavelmente anterior ao PAC original, aquele lançado em 2007 — finalmente surge uma boa notícia que nos faz erguer as sobrancelhas e, quem sabe, até esboçar um sorriso otimista. Biguaçu, sim, aquela mesma, despontou entre os municípios catarinenses que mais apresentaram projetos ao Governo Federal para a nova edição do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). E não foi qualquer número: foram doze propostas encaminhadas, um feito que a colocou no seleto “top 5” estadual, ao lado de cidades como Balneário Camboriú, Barra Velha, Lages e Garopaba.

Vamos aos fatos. No total, o Governo Federal recebeu 35.119 propostas vindas de 5.537 municípios de todo o país. Santa Catarina respondeu por 1.670 dessas iniciativas — praticamente uma enxurrada de pedidos. Entre os 295 municípios do estado, 293 enviaram projetos. Traduzindo: só dois ficaram fora. (E não, Biguaçu não é um deles, aleluia!). Nosso município, com suas doze propostas, se iguala a Lages e Barra Velha, e supera municípios de porte semelhante que historicamente pareciam mais organizados ou, ao menos, mais espertos na hora de captar recursos federais.

A saúde despontou como prioridade nas propostas catarinenses, com centenas de pedidos voltados à melhoria de postos de saúde e à modernização do atendimento via teleconsulta. Também chamou atenção o número de solicitações ligadas ao programa “Caminho da Escola”, voltado a garantir transporte escolar para estudantes de áreas rurais e ribeirinhas — uma iniciativa que, em tempos de promessas genéricas, mostra ao menos algum foco no que realmente importa.

E Biguaçu, surpreendentemente, entrou nesse jogo com vontade. Depois de anos em que o maior desafio era encontrar um projeto que fosse além do power point ou da promessa de campanha, eis que a gestão atual parece ter descoberto que o Governo Federal só libera verba se houver um mínimo de planejamento, papelada e, claro, vontade política.

Será o prenúncio de uma nova era? Será que o município finalmente acordou de um sono profundo regado a burocracia improdutiva e tapinhas nas costas? Se for, que bom. Já era tempo.

De forma crítica — mas sem perder o bom humor — é preciso reconhecer: quando se acerta, merece aplauso. Por isso, parabenizamos a administração municipal, na pessoa do prefeito Salmir da Silva, do vice Alexandre Souza, e de toda a equipe de planejamento. Que este exemplo não seja um ponto fora da curva, mas o novo padrão. Porque, convenhamos, Biguaçu pode — e deve — muito mais.

 

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 Será o prenúncio de uma nova era? Será que o município finalmente acordou de um sono profundo regado a burocracia improdutiva e tapinhas nas costas? Se for, que bom. Já era tempo.

 

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