A ideia é simples: o verdadeiro café ficou tão caro que agora vendem qualquer coisa marrom e amarga como substituto. O problema? Esse pozinho suspeito pode ser qualquer coisa – cevada, milho, serragem de móvel velho – menos café de verdade. Mas não se preocupe, a informação de que você está comprando um "pó sabor café" está bem escondida, lá em letras microscópicas, só pra garantir que você descubra a cilada depois da primeira golada.
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Por: Luiz Lunardelli
Você já se perguntou até onde a criatividade (ou a falta de vergonha na cara) da indústria alimentícia pode chegar? Pois bem, eis que surge o "cafake", o café que não é café, mas que vem em embalagem de café e promete um sabor de café. Se isso não é um truque de magia da indústria, eu não sei o que é.
O Ministério da Agricultura ainda está investigando se isso pode ser considerado uma fraude. Ora, que dúvida! Se vendessem "vinho sabor uva", "picanha sabor carne" ou "dinheiro sabor moeda", também precisariam de investigação para perceber a farsa?
O “cafake” nada mais é do que um novo integrante do time dos produtos "parecem, mas não são", ao lado da bebida láctea que sonha ser leite, do creme culinário que imita creme de leite e do azeite misturado com óleo de soja que jura que é puro. Todos esses produtos foram criados para o consumidor que precisa economizar e, de quebra, testar os limites do seu estômago.
Enquanto isso, a lógica do mercado segue: se um produto encarece, a solução não é garantir que o povo tenha acesso a ele, mas sim empurrar uma versão genérica e duvidosa goela abaixo. Segundo essa genial estratégia econômica, se a gasolina ficar muito cara, a solução é abastecer com caldo de cana.
E assim seguimos: o café virou uma roleta russa matinal – só descobrimos se tomamos um expresso ou um chá de palha torrada depois do primeiro gole.
Bom dia, para quem pode!
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