A quinta-feira (13) amanheceu com nuvens negras sobre o prédio da administração municipal — e não foi só o clima. O município virou alvo de duras críticas nos telejornais do meio-dia em dois canais de TV de abrangência estadual.

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Por: Luiz Lunardelli

Na NSC, o comentarista político Renato Igor pegou pesado e amplificou a nota de repúdio da ACIBIG e CDL (leia a nota aqui), detonando o aumento de impostos e o retorno triunfal da famigerada taxa de lixo. Além disso, destacou um dos maiores talentos da atual gestão: a incapacidade de dialogar com as entidades representativas. Afinal, para quê ouvir empresários, comerciantes e cidadãos quando se pode simplesmente impor mais um boleto? 

Enquanto isso, no canal ND, a jornalista Dani Secom fez questão de desmontar, pedaço por pedaço, a narrativa oficial de que o retorno da taxa foi uma imposição do Tribunal de Contas. 

Segundo a jornalista, “de acordo com o Tribunal de Contas do Estado, não existe uma determinação para que essa cobrança volte a ser aplicada: o que existe é um processo de análise sobre essa prática e se ela realmente condiz com o que os cofres públicos precisam prestar contas ao Tribunal”.  

Ainda de acordo com a repórter, “em novembro do ano passado o prefeito da cidade foi chamado para uma reunião no Tribunal de Contas para discutir essa situação e entender o que estava acontecendo, mas ele não teria comparecido e nem entregue os documentos”, o que foi desmentido por nota de esclarecimento apócrifa (sem assinatura) da Prefeitura quando contestou o nosso primeiro artigo sobre o assunto, classificando-o como “fake news”.  (Entenda o caso lendo aqui)

Ainda de acordo com a reportagem do ND Notícias, a informação do Tribunal de Contas é de que “o processo está suspenso, por enquanto, até que a parte da prefeitura responda a esse chamamento do Tribunal.  Então de acordo com o órgão, não existe uma determinação do Tribunal para voltar a cobrar a Taxa de Lixo, mesmo assim a prefeitura anunciou que vai voltar a cobrar essa taxa no município a partir já desse ano”.

 E conclui o apresentador: “história um pouquinho confusa, mas o fato é que os moradores vão ter que voltar colocar a mão no bolso e pagar essa taxa de lixo depois de quase 13 anos de isenção. De qualquer forma de um jeito ou de outro cidadão acaba pagando a conta.”

Com quase 70% dos votos obtidos na reeleição, a atual gestão conquistou uma credibilidade significativa. Diante disso, a população espera que a Prefeitura se pronuncie de forma clara e definitiva sobre essa questão, agindo com total transparência ao contestar as informações da reportagem ou admitir se houve falha por parte da assessoria jurídica e, se comprovado o erro, adotar medidas rigorosas, como uma possível demissão sumária dos irresponsáveis procuradores. Além disso, é essencial buscar soluções urgentes para reparar esse grande equívoco, que, se não for corrigido, poderá comprometer seriamente a reputação e a confiança que os atuais administradores conquistaram junto aos eleitores.

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