Por: Luiz Lunardelli
A carta de repúdio divulgada pela ACIBIG e pela CDL de Biguaçu evidencia uma insatisfação crescente do setor empresarial com a condução da política tributária municipal. O aumento do IPTU, das taxas de alvará e a revogação da isenção da taxa de lixo, sem um diálogo prévio com os principais afetados, reforçam a percepção de que a administração municipal tem dificuldades em estabelecer uma comunicação transparente e participativa com setores organizados da sociedade.
O impacto dessas medidas vai muito além da esfera tributária. Ao elevar custos para empresários e comerciantes, a prefeitura desestimula o crescimento econômico, dificulta a manutenção de empregos e compromete a competitividade do município em relação a cidades vizinhas. Uma gestão pública eficiente deve buscar o equilíbrio entre arrecadação e desenvolvimento, garantindo que mudanças tributárias sejam amplamente discutidas, com justificativas claras e alternativas viáveis.
O episódio expõe um problema recorrente: a falta de diálogo entre a administração municipal e setores estratégicos da sociedade. A ausência de um debate prévio e a imposição de decisões de forma unilateral aumentam a desconfiança e criam um ambiente de insegurança para aqueles que investem na cidade. É essencial que o poder público compreenda que transparência e participação social não são obstáculos, mas sim ferramentas indispensáveis para uma gestão equilibrada e eficiente.
Diante desse cenário, a mobilização dos empresários e da sociedade civil se torna fundamental para evitar retrocessos. A exigência por explicações e um debate aberto sobre alternativas mais justas deve ser vista como um direito legítimo de quem contribui para o crescimento da cidade. Biguaçu precisa avançar com políticas públicas construídas em conjunto, e não com medidas impostas sem a devida escuta dos segmentos produtivos e da população.
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Abaixo a íntegra da “nota de repúdio” assinada pelas instituições empresariais de Biguaçu
“A ACIBIG (Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu) e a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Biguaçu) repudiam veementemente o aumento do IPTU, taxas de alvará e a revogação da isenção da taxa de lixo, que impactam diretamente os empresários e o desenvolvimento econômico da cidade.
Essa medida, imposta sem diálogo, pela Prefeitura Municipal de Biguaçu, onera de forma desproporcional quem gera empregos e sustenta a economia local. Defendemos transparência e planejamento, sem sufocar o empreendedorismo.
Convocamos empresários e sociedade para se unirem contra esse retrocesso! Exigimos explicações e um debate aberto sobre medidas mais justas”.
Biguaçu precisa avançar, não retroceder!
Contato: (48) 3243-4212
@acibigbiguaçu | @cdlbiguaçu

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