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E Deus chamou Zé Biguaçu para animar o carnaval no Céu
Publicado em 10/03/2025 10:03
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Deus, em sua infinita sabedoria e bondade, esperou o término do carnaval para chamar Zé Biguaçu para junto de si. E lá no céu, confiou a ele a missão de organizar uma Escola de Samba Celestial, que certamente brilhará e conquistará o campeonato intergaláctico do próximo ano

 

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Por Luiz Lunardelli ( com informações de Carlos Wanderley do site EBN )

Com profundo pesar, a cidade de Biguaçu se despede de um de seus filhos mais ilustres e queridos: José Francisco Vieira, carinhosamente conhecido como Zé Biguaçu ou Chico da Lala. Um nome que se tornou sinônimo de dedicação, cultura e paixão pelo carnaval, deixando um legado inesquecível para a cidade e para Santa Catarina.

Zé estava hospitalizado no Hospital da Unimed desde a última segunda-feira (24), enfrentando uma comorbidade grave. Na noite passada, partiu, deixando um vazio imenso nos corações de familiares, amigos e de todos que tiveram o privilégio de conhecer sua história e trajetória de vida. O velório está marcado para hoje, a partir das 11h, na Capela Mortuária de Biguaçu, localizada na rua Quintino Bocaiuva. O sepultamento acontecerá às 17h, no Cemitério dos Fundos.

Vice-presidente do Conselho de Cultura de Biguaçu, Zé foi o grande responsável por estruturar e fortalecer o carnaval local, idealizando o desfile de escolas de samba e conduzindo a Escola Unidos do Rio Caveiras ao bicampeonato em 2011 e 2012. Reconhecido por sua generosidade e espírito colaborativo, nunca mediu esforços para apoiar as agremiações carnavalescas. Sempre esteve ao lado das diretorias, buscando apoio junto aos empresários e comércios locais para viabilizar os desfiles. Seu compromisso com o carnaval era tão grande quanto seu amor pela comunidade.

Carlos Wanderley, jornalista, presidente da Escola Unidos do Rio Caveiras, prestou uma emocionante homenagem ao seu amigo pessoal: “Zé era considerado pelas pessoas envolvidas no carnaval de Biguaçu  como um  grande pai. Tudo o que as escolas precisavam, ele estava sempre à disposição. Nunca se negou em ir junto com as diretorias aos empresários para conseguir o que era necessário. Devemos tudo o que fizemos em prol do carnaval da nossa cidade a Zé Biguaçu. Estamos todos rezando para que Deus o receba de braços abertos”.

Mas a paixão de Zé pelo carnaval transcendeu Biguaçu. Em Florianópolis, foi o grande responsável por transformar um bloco de crianças, fundado em 1962, em uma das maiores potências do carnaval catarinense: a "Gigante do Continente", Unidos da Coloninha. Como presidente, liderou a escola à conquista de cinco títulos consecutivos — 1984, 1985, 1986, 1987 e 1989 —, feito inédito até hoje na história do carnaval da capital. O pentacampeonato consolidou Zé como o único presidente de escola de samba em Santa Catarina a alcançar tal façanha. Muitos afirmam que só não conquistou o sexto título porque, em 1988, não houve desfile.

Hoje, Biguaçu chora a partida de um verdadeiro ícone. Sua história está entrelaçada com o brilho e o som do samba, com o amor pelas raízes culturais e com a dedicação incansável para manter vivo o espírito do carnaval. Sua ausência será sentida, mas seu legado será eterno.

À esposa Lala e aos filhos Thiago e Fabrício, deixamos nosso mais profundo sentimento de solidariedade. Que a força e o amor de Zé inspirem vocês a seguirem em frente, carregando em seus corações o orgulho de um homem que viveu para celebrar a vida, a cultura e a alegria. Que o samba de Zé continue ecoando na memória de todos e que ele descanse em paz, embalado pelo som das batidas que tanto amou.

Deus, em sua infinita sabedoria e bondade, esperou o término do carnaval para chamar Zé Biguaçu para junto de si. E lá no céu, confiou a ele a missão de organizar uma Escola de Samba Celestial, que certamente brilhará e conquistará o campeonato intergaláctico do próximo ano. Porque onde houver alegria, união e samba, lá estará o espírito de Zé, eternamente celebrando a vida.

Biguaçu se despede, mas jamais o esquecerá. Descanse em paz, meu eterno amigo Zé Biguaçu.

 

 

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