Eis que surge, em Biguaçu, um vereador que lê antes de votar!
Publicado em 22/02/2025 07:37
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Se o nível continuar subindo, não duvidem: daqui a pouco, veremos vereadores debatendo com argumentos, lendo os projetos antes de defendê-los e, quem sabe, até formulando leis que façam sentido! 

 

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Por: Luiz Lunardelli

Biguaçu, finalmente, tem um vereador que lê antes de votar! Isso mesmo, meus caros! Entre as muitas surpresas do novo quadro da Câmara Municipal, eis que desponta John Kennedy Lara da Costa – ou simplesmente JK, um mito da lógica parlamentar vigente na cidade ao longo de décadas de mediocridade! 

Em tempos de vereança marcada por discursos de "profundidade abissal" e projetos de lei dignos de figurar numa coletânea de anedotas legislativas, JK surge como uma ilha de sanidade nesse oceano revolto. O parlamentar não apenas comparece às sessões trajado com decoro e postura parlamentar – o que já é um feito louvável –, mas tem a audácia de ler, entender e opinar sobre os projetos antes de votar qualquer besteira, apenas para fazer um agrado ao Prefeito ou aos seus pares! Um escândalo, para os padrões vigentes, não? 

Nesta semana, ele protagonizou dois momentos dignos de aplausos e, talvez, de um prêmio de resistência mental. No primeiro round, ele desarmou a bomba legislativa de Davi Oliveira, que queria instituir mais uma "Menção Honrosa do Mérito Esportivo". Seria louvável, se não fosse a terceira Lei da história da cidade, reinventando a mesma homenagem! JK, num arroubo de sensatez, mostrou que já existem duas leis vigentes, idênticas, sobre o assunto e, em vez de deixar que o nobre colega empilhasse mais papel inútil nos arquivos da Câmara, sugeriu que ele unificasse tudo num único projeto coerente. Resultado? Vitória da lógica: Davi aceitou, e a proposta foi retirada para ajustes! 

 

No segundo caso, a batalha foi contra a cruzada antitabagista do vereador Israel Gaspar, que quer proibir o cigarro até nos espaços abertos da cidade. Quem sabe, na próxima, ele tentaria proibir o vento de espalhar fumaça. JK, mais uma vez, segurou a onda do radicalismo e propôs um ajuste simples e eficiente: proibir o fumo apenas dentro dos espaços públicos e a uma distância sensata das portas e janelas – respeitando os não-fumantes sem transformar Biguaçu numa versão tropical de uma distopia higienista. Resultado? Israel acatou a lógica e retirou o projeto para reformulação. 

E assim, amigos, presenciamos um fenômeno raro: a inteligência sendo aplicada em plenário. A julgar por essas duas intervenções, dá até para sonhar que a Câmara Municipal de Biguaçu possa, quem sabe um dia, se tornar um espaço onde as leis sejam feitas com base no bom senso, em vez de serem empurradas goela abaixo sem critério algum. Uma mudança e tanto para um ambiente onde até pouco tempo atrás predominavam discursos recheados de "falações" desconexas, assassinatos em série do vernáculo e o uso de apelidos que fariam corar até os botequins mais animados. 

Se o nível continuar subindo, não duvidem: daqui a pouco, veremos vereadores debatendo com argumentos, lendo os projetos antes de defendê-los e, quem sabe, até formulando leis que façam sentido! 

E quando isso acontecer, Biguaçu poderá finalmente se orgulhar de sua Câmara. Até lá, fiquemos atentos e torcendo para que a epidemia de lógica e inteligência de JK se espalhe por mais cadeiras do plenário! 

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