Bem-vindos ao Brasil do futuro! Um lugar onde, aparentemente, a solução para todos os males da humanidade não vem mais dos avanços científicos, da boa e velha medicina baseada em séculos de pesquisa ou de tratamentos testados e comprovados. Não, agora temos um novo remédio "milagroso" para tudo: a maconha.
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Por Luiz Lunardelli
Santa Catarina, o belo estado do Sul do Brasil, terra de gente trabalhadora, praias paradisíacas e uma economia pujante, agora decidiu que seu grande projeto de saúde pública não será zerar filas de cirurgias, aumentar o número de leitos nos hospitais ou garantir medicamentos essenciais a doentes crônicos. Não, senhores. A prioridade agora é fornecer, de graça, medicamentos à base de Cannabis, essa planta mística que, segundo seus adoradores, cura tudo, menos a preguiça.
A Lei 19.136/2024, aprovada e sancionada sem muita cerimônia, estabelece a Política Estadual de Fornecimento Gratuito de Medicamentos à Base de Cannabis. Assim, o estado catarinense se torna referência na distribuição legalizada e subsidiada pelo povo dessa erva milagrosa. Claro, não se trata de uma liberação geral – por enquanto! – mas não se iludam: sabemos bem que toda estrada começa com um pequeno atalho.
A desculpa para essa política progressista é justificada como sendo ajudar pacientes que, supostamente, não encontram alívio em nenhum outro medicamento da medicina tradicional. Mas vamos combinar? Se fosse tão bom assim, as grandes indústrias farmacêuticas já estariam brigando para patentear cada folha dessa plantinha mágica! Mas não, o que temos são ONGs, ativistas e um bando de "especialistas" que juram que a Cannabis é a solução para tudo, de dor crônica a falta de criatividade.
Ah, e quem será que vai pagar essa nova bondade do Estado? Bingo! O cidadão comum, aquele que já sustenta com muito suor um sistema de saúde precário, onde muitas vezes faltam medicamentos básicos, como insulina e antibióticos, mas agora terá que bancar o extrato de maconha para quem precisa "relaxar" terapeuticamente. Que maravilha! Não temos dinheiro para resolver problemas de segurança, educação e infraestrutura, mas temos para bancar um tratamento baseado numa erva que, por milênios, só foi usada para fins recreativos.
E não adianta vir com esse papo de "estudos científicos". Quantos medicamentos já foram retirados do mercado por apresentarem efeitos adversos após décadas de uso? Mas a maconha? Não! Esta é perfeita! Funciona para tudo e não tem contraindicação. Claro, porque o argumento é sempre o mesmo: "mas é natural". Ora, veneno de cobra e cicuta também são naturais, nem por isso distribuímos de graça nos postos de saúde!
O Primeiro Passo para a Legalização Geral
E, cá entre nós, alguém realmente acredita que essa política vai parar por aí? Hoje, é para uso medicinal "em casos excepcionais". Amanhã, quem sabe, o critério será "qualquer sintoma de estresse" e, no futuro, teremos distribuição gratuita de baseados como método revolucionário de controle social. Não duvidem! Aos poucos, esse tipo de política abre espaço para uma legalização camuflada, até que ninguém mais se escandalize ao ver seu filho saindo da farmácia com um pacotinho "prescrito pelo doutor".
Enquanto isso, os verdadeiros problemas da saúde pública seguem ignorados. Cirurgias continuam sendo adiadas, exames demoram meses para serem agendados e pacientes morrem à espera de tratamento. Mas não se preocupem, porque agora Santa Catarina tem um novo santo padroeiro da medicina estatal: São Maconhildo, o protetor dos descolados e dos entusiastas das terapias alternativas.
Se você discorda dessa palhaçada, prepare-se para ser taxado de retrógrado, ignorante e insensível. Afinal, no Brasil de hoje, o bom senso é careta e a lógica virou fumaça.

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