Nesta semana muitos vereadores ocuparam a tribuna da Câmara para pedir providencias à Prefeitura de Biguaçu no sentido de promover ações que inibam a proliferação dos “assentamentos” de pessoas em situação de rua que ocupam as principais praças e logradouros da cidade. Relatos estarrecedores de embriaguez, uso de substâncias tóxicas, brigas, agressões, ameaças aos transeuntes e até um desfile de um homem completamente nu pelas praças e ruas da cidade.
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Por: Luiz Lunardelli
Em São José, na Grande Florianópolis, as autoridades realizaram uma ação nesta terça (18), com o objetivo de garantir a ordem pública, a segurança das ruas e a desobstrução de calçadas e praças. Assim, fiscalizaram e abordaram pessoas em situação de rua e dependência química. Em um dos casos, os agentes encontraram um simulacro de arma de fogo e um facão.
Durante a ação, as equipes percorreram diversos pontos da cidade onde há registro de ocupação irregular de espaços públicos, a fim de orientar as pessoas sobre os serviços assistenciais disponíveis e coibir possíveis delitos e perturbações.
De acordo com a Prefeitura de São José, nas primeiras horas da operação, os fiscais abordaram um grupo de pessoas na Praça de Campinas. Foi quando encontraram armas e substancias tóxicas. No mesmo grupo, uma das pessoas abordadas pediu apoio e foi encaminhada ao Centro Pop.
O prefeito de São José, Orvino Coelho, participou diretamente da ação percorrendo as ruas com as equipes. Atendendo apelo de moradores da região, determinou que seja reforçada a iluminação pública na Praça e o corte de uma árvore. Por fim, uma equipe da Secretaria de Infraestrutura recolheu o lixo resultante da operação.
Além disso, o chefe do Executivo municipal pediu aos moradores que a população “não dê esmolas. Nós temos o trabalho do Centro Pop que fornece esse atendimento. Nós vamos continuar com esse trabalho e no empenho para minimizar esse problema em São José.”
Enquanto a cidade de São José toma medidas concretas para enfrentar o problema da população em situação de rua, Biguaçu segue no compasso da omissão. Um verdadeiro retrato do abandono.
Na vizinha São José, as autoridades decidiram agir. Por que Biguaçu não segue o exemplo? Onde está o comprometimento da Prefeitura em garantir ordem, segurança e dignidade para seus cidadãos? Não se trata de criminalizar a pobreza, mas de oferecer soluções reais para que essas pessoas tenham alternativas ao abandono e à criminalidade.
O prefeito de São José, Orvino Coelho, foi às ruas, acompanhou a operação e determinou medidas imediatas. Por que o prefeito de Biguaçu não faz o mesmo? Será que ninguém da administração municipal caminha pelo centro da cidade? Se não veem o que está acontecendo aqui, é porque não querem ver.
O que os moradores de Biguaçu querem é simples: voltar a ter uma cidade organizada, segura e com soluções para quem precisa. Mas para isso, é necessário mais do que discursos. É hora de agir.
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