Biguaçu acaba de alcançar um novo recorde! E não é na economia, na educação ou no turismo. A Câmara Municipal, em apenas sete dias, contabilizou nada menos que 208 indicações à prefeitura, todas exigindo obras urgentes de recuperação e atenção básica para a população. Isso mesmo, duzentos e oito! Se fosse um leilão, a prefeitura teria saído com uma conta milionária e a certeza de que a cidade está em frangalhos.
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Por: Luiz Lunardelli
Parece que os vereadores decidiram mostrar serviço logo de cara. Afinal, em tempos de redes sociais, não basta trabalhar, tem que parecer que está trabalhando! Mas, sejamos justos: esse volume impressionante de pedidos revela duas verdades inquestionáveis. Primeiro, os vereadores vieram com tudo nesta legislatura, armados até os dentes com demandas populares. Segundo, a prefeitura deve estar tão bem organizada quanto um escritório de advocacia em dia de mutirão da Defensoria Pública.
Façamos um cálculo simples. Se a administração municipal decidir atender um pedido por dia, sem pausas para finais de semana ou feriados, serão necessários exatos sete meses para dar conta desse primeiro lote de solicitações. Isso sem contar os problemas futuros que, conhecendo Biguaçu, não demoram a aparecer. Parece que a prefeitura vai precisar de uma força-tarefa estilo Missão Impossível para dar conta do recado.
A enxurrada de indicações abrange de tudo um pouco: ruas esburacadas que fariam qualquer rally parecer brincadeira, iluminação pública deficiente que mais lembra um cenário de filme de terror, postos de saúde e UPA dignos de um set de 'The Walking Dead' e escolas que, se forem reformadas com a mesma rapidez das promessas políticas, estarão prontas para a Copa do Mundo de 2034.
A grande questão é: será que a prefeitura vai conseguir acompanhar esse ritmo frenético de trabalho ou vai simplesmente engavetar as indicações e torcer para que o tempo (e a paciência do povo) resolvam? O que não dá para negar é que, se tudo isso for atendido, Biguaçu sairá desta gestão irreconhecível. Para melhor ou pior, só o tempo dirá.
Enquanto isso, ficamos na torcida para que a cidade vire um canteiro de obras e não um campo de guerra entre vereadores e prefeito. Afinal, quando políticos entram em rota de colisão, quem acaba levando o prejuízo é sempre o cidadão. E se com sete dias já temos 208 pedidos, imaginem só o que nos aguarda nos próximos quatro anos...
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