Ah, meu amigo… ser Flamengo é um estado de espírito, uma teimosia genética e uma espécie rara de insanidade coletiva que a ciência ainda não conseguiu explicar e, sinceramente, melhor nem tentar. Ser Flamengo é acordar otimista, mesmo depois de ter dormido pessimista. É torcer de coração, reclamar de boca e acreditar de alma. É sofrer em silêncio e gritar em dobro quando dá certo. É viver no limite entre o infarto e o delírio.

Ser Flamengo é carregar no peito não só um escudo, mas um currículo emocional: já nascemos preparados para finais, viradas improváveis e títulos arrancados nos acréscimos mesmo que, estatisticamente, isso aconteça apenas no jeito Flamengo de existir, que é sempre épico, dramático e gloriosamente exagerado.

E hoje não é um dia qualquer:
hoje é dia de Libertadores.
Flamengo x Palmeiras.
O encontro de um gigante acostumado a finais contra um rival que insiste em tentar explicar futebol com planilha de Excel. Mas nós sabemos: Libertadores não se disputa libertadores se sente. E nisso, o Flamengo é PhD, pós-doutorado e professor titular.

Hoje o Estádio invisível que vive dentro de cada rubro-negro acordou cedo, tomou café forte e já está aquecendo. A nação inteira está naquele modo especial: calma por fora, caos por dentro, e uma fé descomunal que só quem já viu Cebolinha dobrar o adversário, Bruno Henrique voar e Arrascaeta flutuar é quem entende.

Então, que venha o Palmeiras.
Que tragam suas estatísticas, seu DNA tático, suas análises profundas…
Porque nós vamos entrar com aquilo que realmente importa:
emoção, camisa pesada e aquela prepotência esportiva absolutamente saudável que só o Flamengo pode ostentar.

E que à tarde, quando a bola rolar, o mundo testemunhe mais uma vez o que é ser Flamengo: um espetáculo de ousadia, sofrimento, adrenalina e, se o universo continuar funcionando como deve, um êxito retumbante, digno de churrasco, buzinaço e story muita festa até amanhã de manhã.

Hoje é dia. Hoje é nóis. Hoje é Flamengo.

E, como sempre, vai dar Mengão!

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